quarta-feira, 6 de maio de 2009

UMA PARÁBOLA ATUAL

*Israel Salvador


É uma típica tarde de sexta-feira e você está dirigindo em direção à tua casa. Sintoniza o radio. O noticiário está falando de coisas de pouca importância. Numa cidadezinha distante morreram três pessoas de uma gripe até então, totalmente desconhecida.

Você não presta muita atenção ao tal acontecimento. Na segunda-feira quando acorda, ouve pelo rádio que já não são três, mas trinta mil, as pessoas mortas pela tal gripe, isso nas colinas remotas da Índia.

Um grupo do Controle de Doenças dos EUA, foi investigar o caso. Na terça-feira, o fato já é a notícia mais importante no mundo, ocupando a primeira página nos jornais, já não é mais só no México, na Índia, mas no Brasil, Paquistão, Irã e Afeganistão, enfim, a notícia se espalha pelo mundo.

Estão chamando a doença de "Influenza, Gripe A, Gripe Suína " e todos se perguntam: Que faremos para controlá-la? Então, uma notícia surpreende a todos: “Europa fecha suas fronteiras. França não recebe mais vôos da Índia nem de outros países dos quais se tenham comentado de casos da tal doença. Devido à repercussão do fechamento das fronteiras, você está ligado a todos os meios de comunicação, para manter-se informado da situação e, de repente, ouve que uma mulher declarou que num dos hospitais da França, um homem está morrendo pela tal “influenza misteriosa”, agora também chamada de “gripe suína”.

Começa então o pânico na Europa. As informações dizem que se você contrair o vírus, tua vida está sob alto risco, pois o fim chegará em questão de uma semana... Em quatro dias, sintomas horríveis e a morte.

A Inglaterra também fecha suas fronteiras, mas já é tarde. No dia seguinte, o presidente dos EUA, fecha também suas fronteiras para a Europa e Ásia, para evitar a entrada do vírus no país, ao menos até que se encontre a cura.

No dia seguinte, as pessoas começam a se reunir nas igrejas, em oração pela descoberta da cura, quando de repente, entra alguém gritando: “Liguem o rádio! Liguem o rádio!”. A notícia é uma bomba: “ Duas mulheres morrem em Nova Yorque, afetadas pelo vírus misterioso...” Em questão de horas, parece que a coisa invadiu o mundo inteiro. Cientistas continuam trabalhando na tentativa de descoberta de um antídoto, mas nada funciona.

De repente, vem a notícia esperada: Conseguiram decifrar o código de DNA do vírus. Já é possível fabricar o antídoto!

É preciso, para isso, conseguir o sangue de alguém que não tenha sido infectado pelo vírus, um sangue totalmente puro, raríssimo, portanto.

Corre, pelo mundo a notícia de que as pessoas devem ir aos hospitais para fazer a análise de sangue e doar para a tentativa de fabricação do antídoto.

Você vai, como voluntário, levando toda a tua família, teus vizinhos também vão. O Pânico é grande. O que acontecerá? Será este o final do mundo? De repente o médico sai gritando um nome que leu na ficha de análise. Seu filho único, agarrado em suas pernas, diz: “Pai, ele está gritando o meu nome! O que ele quer que eu faça?”

...Antes que você possa raciocinar, estão pegando teu filho e levando para uma sala. Você grita: “Esperem, o que vão fazer com meu filho?” E o médico responde: “Está tudo bem, o sangue dele é o que procurávamos. Sangue limpo, puro, sem nenhuma impureza. É o sangue redentor! Com o sangue dele, teremos o antídoto para salvar o mundo!”

Depois de cinco eternos minutos, saem os médicos, chorando e rindo ao mesmo tempo. É a primeira vez que se vê alguém sorrindo desde o início dos acontecimentos. O médico mais velho se aproxima de você e diz:

“Obrigado, senhor! O sangue do seu filho é perfeito, está limpo e puro, o antídoto finalmente poderá ser fabricado e o mundo poderá ser salvo!” (Mateus 26:27,28)
A notícia se espalha por todos os lados. As pessoas estão orando e rindo de felicidade. Nisso, o médico se aproxima de você e diz: “Podemos falar um momento?” O teu coração gela, alguma coisa te diz que as notícias não são boas...

O médico, com lágrimas nos olhos, te diz: “Sabe papai, precisamos que o senhor assine uma autorização para usarmos o sangue do seu filho.” Quando você lê o documento, percebe que não colocaram ali a quantidade de sangue a ser retirado. Então, você pergunta: Qual quantidade de sangue vão tirar? ... O médico desvia de você o olhar e fala com voz triste: “ Não pensávamos que se tratava de uma criança... Lamento, senhor, mas vamos precisar de todo o sangue do seu filho...”

Você não pode acreditar no que está ouvindo, mas trata de contestar. “Mas, mas...” O médico insiste: “ O senhor não compreende? Estamos falando de cura para o mundo inteiro! Por favor, assine! Nós precisamos de todo o sangue de seu filho...”

O pai insiste, desesperado: “Mas não se pode fazer uma transfusão?” A resposta vem depressa: “ Poderíamos, se houvesse sangue puro... Assine, papai, por favor, assine!” Em silêncio, e sem ao menos poder sentir a caneta na mão, você assina. Então, te perguntam: “Você quer ver teu filho?” ... Você caminha lentamente em direção à sala de emergência, onde se encontra teu filho, sentado na cama e que te pergunta: “Papai, o que está acontecendo?” Você segura suas mãozinhas trêmulas e inocentes e diz: “Filho, você sabe o quanto eu te amo. Jamais autorizaria alguma coisa que não fosse absolutamente necessária. Você compreende?” O silêncio sofrido é a resposta que ecoa por uma eternidade... (Mateus 26:42).

O médico regressa à sala e diz: Sinto muito, senhor, temos que começar. Pessoas do mundo inteiro estão morrendo. O senhor vai ter que sair. Você vai saindo, tendo o sofrimento estampado nos olhos. O filho ainda grita, “papai! Papai! Porque está me abandonando?”(Mateus 27:46)

... Na semana seguinte, quando fazem uma cerimônia para honrar e relembrar a morte do teu filho, algumas pessoas ficam em casa dormindo, outras simplesmente ignoram, outras preferem fazer um passeio, ver televisão. Uma até vêem, mas trazem um sorriso oco e falso. Na verdade, não sentem nada de gratidão pelo sacrifício de seu único filho...
Nesse momento, você tem vontade de gritar: “MEU FILHO MORREU POR VOCÊS! NÃO SE IMPORTAM COM ISSO???”

É isso que Deus quer te dizer ainda hoje: “MEU FILHO ÚNICO MORREU POR VOCÊ! VOCÊ NÃO SABE O QUANTO EU TE AMO?”

...É curioso com que simplicidade as pessoas debocham de Deus, não dando ouvidos à Sua palavra. Depois reclamam e dizem que o mundo caminha de mal a pior.
É tristemente curioso como acreditamos em tudo o que lemos nas revistas e jornais, ouvimos no rádio, vemos na TV, mas questionamos a Palavra de Deus.

É interessante, que todos queremos ir para o céu, mas não aceitamos a fórmula de Deus para isso... (Marcos 16:16-18 / João 14:6)
É curioso como as pessoas dizem com facilidade “eu creio em Deus”, mas suas atitudes mostram totalmente o contrário.

É curioso que você, mesmo sendo salvo pelo sacrifício de Jesus Cristo, o Filho de Deus, não vive um testemunho que possa arrastar outros para o caminho da salvação.

É tristemente curioso que você seja um crente dentro da igreja, e depois se torne um cristão invisível no seu meio de convivência... É como se fosse possível ser um crente fervoroso no fim-de-semana, e depois negar a Jesus com seu mau testemunho durante os outros dias!
Deus enviou seu Filho amado para salvar o mundo. Não havia outro sangue. Não há outro sangue. Somente o sangue precioso de Jesus Cristo, derramado na cruz do calvário, tem o poder de salvar o mundo, que jaz no maligno. (I João 5:19)

O sangue de Jesus, pelo seu sacrifício, é suficiente para salvar toda a humanidade. Mas é eficiente somente para aqueles que o aceitam como Senhor e Salvador de sua vida.

Adaptação livre do Evangelistra da IEAD em SFS-SC,
Jornalista e radialista
ISRAEL SALVADOR


PS: ofereço este post para minha amiga e irmã Sandra Gomes Paterlini Pingoelo (São Paulo-SP)

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